Transplante de medula óssea

O transplante de medula óssea consiste na substituição de uma medula óssea doente ou deficitária por células-tronco hematopoéticas normais obtidas da medula óssea, do sangue periférico ou de sangue de cordão umbilical e placentário, com o objetivo de normalizar a formação e desenvolvimento das células sanguíneas.

O transplante de células-tronco hematopoéticas é amplamente utilizado no tratamento de diversas doenças que afetam o sistema imune e as células do sangue como, por exemplo, alguns tipos de câncer hematológico, tais como as leucemias e os linfomas. Atualmente, existem 82 centros autorizados pelo Ministério da Saúde a realizar as diferentes modalidades de transplante de medula óssea: transplante autólogo (aquele no qual as células células doadas provêm do próprio indivíduo que será transplantado), transplante alogênico aparentado (aquele no qual as células doadas provêm de outro indivíduo aparentado e compatível – irmão, pai ou mãe) e alogênico não aparentado (aquele no qual as células-troncos hematopoéticas provêm de um doador NÃO aparentado e compatível).

Para ser um doador de medula óssea basta fazer um cadastro no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome) que tem aumentado expressivamente nos últimos anos, o Brasil detém o terceiro maior registro do mundo, com mais de 4,6 milhões de cadastros.

Esses números permitem êxito em disponibilizar cerca de 70% dos doadores compatíveis aos pacientes brasileiros que necessitam e, caso seja necessário, com acesso a busca na rede que congrega registros de diversos outros países (busca internacional), totalizando um universo de busca de mais de 26 milhões de doadores, possibilitando também a doação para receptores internacionais.

É importante ressaltar ainda que, na busca pela medula compatível, os pacientes não ficam limitados à cota/cadastro do seu respectivo estado, a busca é realizada no Redome de uma forma global, que congrega os doadores de o todo território nacional, bem como nos bancos internacionais. O Brasil está conectado com a Worldwide Network For Blood & Marrow Transplantation (WBMT), que permite a busca na rede mundial.

 

Enf. Fabiana Paschoal

Coren/SP 334.132

Coordenadora CIHT