Luis Frederico Gerbase Oliveira
CRM 88853
Um dos temas mais importantes da Angiologia e Cirurgia Vascular é a questão da trombose. O que é trombose, então? Trombose é, na grande maioria das vezes, a obstrução de alguma artéria ou veia do nosso organismo por coágulos de sangue. Quando ocorre no sistema arterial, que leva o oxigênio e nutrientes para os diversos órgãos, aquela região afetada pode perder a função e morrer, se não for revertida a tempo. É uma das causas de perda de dedos, ou mesmo uma das pernas.
Quando falamos na trombose venosa, estamos referindo-nos àquele setor que traz o sangue de volta dos órgãos para o coração, e daí este sangue é enviado ao pulmão para descarregar o gás carbônico e carregar no seu lugar o oxigênio. Esta trombose pode ocorrer em veias superficiais (por exemplo, aquelas veias que enxergamos nas pernas) ou nas veias profundas (veias principais, que situam-se lá dentro das pernas, dos braços, dentro da barriga, ou no cérebro etc).
Entendendo esta circulação, por que nos preocupamos com a trombose venosa profunda? Porque ela aumenta de incidência com a idade, e com outros fatores de risco (pessoas acamadas, com doenças crônicas, pessoas em recuperação de cirurgias grandes); a sua complicação mais temida é a embolia pulmonar, ou seja, o coágulo desprende-se desta veia, é levado ao coração e de lá para o pulmão, podendo causar um entupimento na circulação pulmonar, entupimento que pode ser muito leve ou mais grave, e que pode levar ao óbito. Infelizmente, ela é uma das causas mais recorrentes de óbito em pacientes internados. O risco de desenvolver trombose também pode estar ligado a fatores genéticos, fatores predisponentes (por exemplo, uso de alguns hormônios), gestações, puerpério (período após o parto), presença de varizes, entre outros.
Os sintomas de trombose podem variar desde inchaços súbitos em uma perna ou braço, até leves incômodos que não nos chamam a atenção. Mas todos devemos ter em mente que alterações no nosso organismo devem ser investigadas por um profissional médico; o diagnóstico muitas vezes necessita de exames complementares para ser confirmado.
